quarta-feira, 6 de julho de 2011

Só um começo


Com um acorde nasce uma canção;

Com rabisco um desenho;

Com simples traço, uma poesia;

Com sua ausência, solidão;

Você me fez sofrer;

Sua indiferença fez doer;

Mas nada eterno e sempre há um horizonte...

E as flores sempre nascem depois do Inverno...

Não quero te esquecer;

Pois para mim, isso é impossível;

Só quero lembrar...

E buscar nas memórias, o que você me deixou...

E o que você me ensinou...

Talvez tenha sido imaturidade;

Talvez, não era para ser;

Isso eu não sei, mas Deus sabe;

Mas o que sinto por você, nunca sentiu por ninguém;

E nem sempre um acorde nasce uma canção;

Em rabisco um não desenho;

Mas esta é minha última poesia a ti;

Minha última solidão...

Pois você me ensinou que o coração;

Não deve ser entregue qualquer um...

Memórias! Não são eternas;

Assim com a noite e o dia;

Passam...

Não te odeio, pois isso vai de encontro minha natureza;

Só quero ver você feliz, isso me faz feliz;

Aquele sorriso tão lindo e de sobrancelhas tortas;

Só você tem!

Das unhas ruídas e voz de menina...

Da honestidade a perseverança;

Luta e dos sonhos;

E da vontade de crescer e de interpretar sua própria Hermenêutica;

Da sua solidão, do rosto marcado por travesseiro, e do tirar meu sono;

Isso é Fato;

Eu nunca vou esquecer e isso vai trazer saudades;

Poderia passar tarde a escrever sobre você;

Porém você não vai ser mais minha inspiração;

Pois tenho que virar a página e buscar um novo coração...

Com uma poesia começou;

Com uma poesia teve seu fim.

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